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Capitão Pellegrini: pioneira, educadora e inspiração para gerações

Nascida em 1º de agosto de 1934, na cidade de Caconde, interior de São Paulo, Capitão Apparecida Pellegrini Soares — carinhosamente conhecida como Capitão Pellegrini — é símbolo de coragem, pioneirismo e dedicação. Filha de Sophia Rossi Pellegrini e Joanin Pellegrini, cresceu em uma família numerosa e unida, com 11 irmãos, valores que moldaram desde cedo seu senso de responsabilidade e compromisso com o próximo.

Antes mesmo de trilhar sua trajetória na segurança pública, a Capitão Pellegrini já demonstrava sua vocação para servir: formou-se professora normalista e, ainda jovem, já lecionava, defendendo com firmeza o direito de ser uma mulher independente e atuante na sociedade.

Foi aos 17 anos, ao se mudar para a capital paulista, que o destino da jovem Apparecida cruzou-se definitivamente com a história da Polícia Militar. Inspirada por seu cunhado, Orlando Garutti, policial militar, conheceu a recém-criada Polícia Feminina do Estado de São Paulo — a primeira da América Latina. Corajosa e determinada, não hesitou: enfrentou todas as etapas do rigoroso processo seletivo e fez história ao ingressar na primeira turma feminina da corporação.

Durante sua carreira, Capitão Pellegrini serviu em diversos batalhões da capital com zelo, dedicação e um profundo senso de dever. Em cada passo, abriu caminhos para tantas outras mulheres que, inspiradas por sua força, encontraram na farda a realização de um sonho.

Em 1975, casou-se com Ubiratan Soares, com quem teve os filhos gêmeos Cybele e Ubiratan. Mesmo diante dos desafios da maternidade, seguiu firme em sua missão até 1980, quando decidiu encerrar sua trajetória na Polícia Militar e dedicar-se integralmente à família. Posteriormente, acompanhou o esposo, aprovado em concurso para delegado da Polícia Civil, ao Vale do Ribeira, estabelecendo-se na cidade de Peruíbe, onde vive até hoje — cercada de respeito, gratidão e amizade.

Capitão Pellegrini é mais do que uma pioneira: é um exemplo vivo de determinação, coragem e amor à farda. Sua trajetória inspira não apenas policiais, mas todos aqueles que acreditam que os caminhos da igualdade, da força feminina e do serviço ao próximo são construídos com trabalho, dignidade e coração.

Hoje, a Polícia Militar do Estado de São Paulo se orgulha em reverenciar sua história e o legado que deixou para as futuras gerações. Obrigada, Capitão Pellegrini, por ser a ponte entre o passado de lutas e o futuro de conquistas.

COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP

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