Mandados de busca e apreensão são cumpridos na capital paulista, região metropolitana e litoral norte.

Na manhã de hoje (25), a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), o Ministério Público (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Receita Federal, a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria Geral do Estado de SP deflagraram a Operação Spare, que visa desarticular um esquema voltado à exploração de jogos de azar e à venda de combustíveis adulterados.
As investigações tiveram início a partir da apreensão de máquinas de cartão em casas de jogos clandestinos, em Santos/SP, que estavam vinculadas a postos de combustíveis e apontaram que os criminosos utilizam de empresa intermediadora de pagamento para a prática de lavagem de dinheiro.
A análise das movimentações financeiras revelou que os valores eram transferidos para uma fintech, utilizada para ocultar a origem ilícita dos recursos e sua destinação final. Com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas envolvidas na movimentação dos valores ilícitos.
Também foram identificados vínculos com empresas do ramo hoteleiro, postos de combustíveis e instituições de pagamento que mantinham uma contabilidade paralela, dificultando o rastreamento dos recursos.
A operação conta com a participação de 37 equipes da Polícia Militar, incluindo efetivos da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (ROTA), 3º Batalhão de Polícia de Choque, Comandos e Operações Especiais (COE), Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Regimento de Polícia Montada – 9º de Julho e 5º Batalhão de Polícia de Choque – Canil, totalizando 151 policiais militares.
Além disso, participam 24 equipes da Receita Federal, com 66 agentes, 26 representantes do Ministério Público e uma equipe da Secretaria da Fazenda. Durante a Operação, cumprem-se 25 mandados de busca e apreensão, nas cidades de São Paulo/SP, Osasco/SP, Santo André/SP, Barueri/SP e Bertioga/SP.
INVESTIGAÇÕES
A fintech por meio da qual a organização criminosa movimenta milhões de reais é a mesma utilizada pelos alvos da Operação Carbono Oculto, o que aproxima a ação deste dia 25 da iniciativa do dia 28 de agosto, quando foi desmontado um intrincado esquema colocado em prática por organizações criminosas investigadas de participação fraudulenta no setor de combustível, com infiltração de integrantes da facção Primeiro Comando da Capital
(PCC), totalizando R$ 30 bilhões em bens confiscados, lesando não apenas os consumidores que abastecem seus veículos, mas toda uma cadeia econômica.
COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP