Quatorze balões semi-prontos, 30 cards de balão, artefatos explosivos e pirotécnicos estão entre as apreensões.

Na manhã desta sexta-feira (5), a Polícia Militar Ambiental, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) do Ministério Público Estadual, deflagrou a Operação Ícaro. A ação teve como objetivo combater a prática criminosa de fabricação, armazenamento e soltura de balões, atividade ilícita que coloca em risco o meio ambiente, o patrimônio público e privado, além da segurança da população.
O cumprimento dos mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Poder Judiciário, ocorreu em residências localizadas nos municípios de Sorocaba/SP e Votorantim/SP, onde foi descoberta uma estrutura clandestina destinada à produção de balões.
Durante as diligências, foram apreendidos diversos materiais e artefatos utilizados na fabricação de balões, incluindo papéis de seda, cordas, lanternas, fogos de artifício, explosivos, maçaricos e moldes. Entre os itens, destacam-se 14 balões semi-prontos, 30 cards de balão, artefatos explosivos e pirotécnicos, além de objetos personalizados que identificam o grupo de baloeiros.
Também foram localizados dois animais silvestres mantidos irregularmente em cativeiro: um papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) e um jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria).
Riscos e legislação
A soltura de balões é considerada crime ambiental, tipificado no artigo 42 da Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), com pena de um a três anos de detenção, multa ou ambas cumulativamente.
A prática representa sérios riscos de incêndios florestais, destruição de áreas de preservação, acidentes em áreas urbanas e industriais, além de ameaçar a segurança aeronáutica.
A Operação Ícaro reforça o compromisso da Polícia Militar Ambiental e do Ministério Público na proteção do meio ambiente e na preservação da segurança da sociedade.
COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP