
Na manhã de sábado (23), uma operação ambiental resultou na descoberta de uma oficina clandestina de fabricação de balões instalada em uma residência na capital paulista. A ação teve início após denúncia anônima, que levou os agentes a verificarem a existência de um ponto dedicado à produção ilegal.
No imóvel, foi encontrada uma verdadeira linha de montagem em um dos cômodos, equipada com bancada, ferramentas e materiais próprios para a confecção dos artefatos. Durante a fiscalização, foram apreendidas lanternas coloridas, lanternas já utilizadas, pacotes de papel de seda, rolos e carretel de linha, fita adesiva, estiletes, alicates, tesouras, maçaricos, pistola de cola quente, além de mais de oito quilos de bucha, mais de dois quilos de vela para lanternas e caixas com recortes e partes de balões.
Além do material utilizado na fabricação, os agentes constataram a presença de três aves da espécie Sporophila caerulescens, conhecidas popularmente como coleirinhos, mantidas em cativeiro sem autorização, configurando crime contra a fauna. A ocorrência foi registrada no distrito policial da região para as medidas cabíveis.
Riscos da prática
Embora alguns ainda tratem a soltura de balões como manifestação cultural, a atividade é extremamente perigosa e proibida por lei. Por utilizarem fogo para se manter no ar, esses artefatos podem provocar incêndios ao caírem sobre áreas de mata, residências, redes elétricas ou indústrias. Inclusive, na mesma data, foi noticiado um incêndio na região do ABC relacionado a balões.
O risco não se limita ao meio ambiente e ao patrimônio. A aviação civil também é afetada, já que balões podem interferir em rotas aéreas, gerar colisões e até causar acidentes de grandes proporções. A legislação ambiental prevê penas de detenção e multa para quem fabrica, transporta, comercializa ou solta balões.
Crime contra a fauna
A manutenção de animais silvestres sem autorização também constitui crime ambiental. A captura e criação ilegal de espécies nativas desequilibram os ecossistemas e submetem os animais a condições inadequadas, reforçando a gravidade da prática e a importância da fiscalização constante.
COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP